quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Alimentação na Gestação

ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO: O QUE DEVEMOS SABER!

A gestação e a amamentação são consideradas momentos especiais, tanto pela ciência quanto pela cultura. Nesses períodos a mulher está sujeita a determinadas regras baseadas em culturas que nem sempre fazem sentido, mas que estão ao modo como as gestantes se alimentam e sobre as escolhas que fazem.

Por um lado, temos as crenças e proibições alimentares e por outro, novas recomendações dos médicos e nutricionistas, e até mesmo de uma nova estética, pois a cultura está baseada na aparência física. Todas recomendações se baseiam na melhora da saúde mãe/bebê.

Nos últimos tempos, a Nutrição ganhou grande importância na ciência e passou a interferir na cultura alimentar, definindo o que devemos comer. No entanto, é importante entender os mitos causadores da maioria dos problemas nutricionais das gestantes.

Um mito muito forte e ainda presente é a certeza de que a gestante precisa comer por dois. Será que precisa? Não tem necessidade de comer por dois e sim consumir nutrientes por dois. Essa idéia de que gestante com barriga gigante é saudável está totalmente inadequada. O ganho de peso excessivo na gestação está relacionado com o nascimento de bebês muito grandes, diabetes gestacional, aumento da pressão arterial durante a gestação/parto e em alguns casos necessidade de parto cirúrgicos. Isso é saudável? Isso além de não saudável e arriscado.

Mas o que muda na alimentação?

No primeiro trimestre não é necessário aumento calórico e sim seguir uma alimentação saudável. Para garantir os nutrientes necessários nessa fase é necessário respeitar religiosamente os horários das refeições. Cada refeição tem a sua importância em nutrientes. Segue um exemplo de qualidade alimentar, lembrando que as necessidades energéticas e nutricionais são diferentes para cada gestante.

- Café da manhã e lanche da tarde: é necessário ter uma fonte energética como o pão integral ou granola ou aveia. Uma fonte protêica do grupo dos leites e derivados como o leite, iogurte, queijos magros e uma fruta.

- Almoço e jantar: é necessário ter energia como arroz integral ou macarrão integral. Uma fonte protêica vegetal (feijão, lentilha, soja ou grão de bico). Uma fonte de proteína animal (carne vermelha, frango). Legumes, vegetais cozido e saladas em torno de 2 a 3 pires por refeição.

- Ceia: Leite e derivados são boas opções.

No segundo e terceiro trimestre é necessário manter rigidez na qualidade alimentar e aumentar as necessidades energéticas, que é individual dependendo de cada gestante, mas esse aumento energético costuma ser em torno de 300 Kcal a mais por dia. Essa energia a mais deve ser introduzida de maneira fracionada para prevenir o aumento de peso e desenvolvimento de doenças como a Diabetes Gestacional. Quando falamos em número, parece que 300 Kcal a mais é muita coisa. Mas atingimos isso rapidinho. Ex: 1 fatia média de bolo de chocolate recheado tem 317 Kcal, 1 pacote de 50 g de bolachas Waffer tem em torno de 248 Kcal e 1 fatia de panetone tem 283 Kcal.

Por isso, a importância de orientação de um nutricionista nessa fase da vida tão importante e linda a uma mulher e às pessoas que rodeiam.

Fonte: Rev. Nutr. vol.19 no.2 Campinas Mar./Apr. 2006 e a nutricionista.com


Nutricionista Renata Boscaini David


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